terça-feira, 16 de maio de 2017

Primeiro vem a coroa – I

Que homem é esse que até perdoa pecados? Lucas 7:49
Em minha infância, eu ouvia na igreja uma frase que me incomodava: “Só vai entrar no Céu quem tiver uma estrela na coroa.” Isso significava que cada pessoa batizada era uma estrela na coroa de quem a havia levado ao batismo. Esse fato me deixava preocupado, principalmente porque os anos estavam se passando, e eu ainda não tinha sequer uma estrela! Assim, isso era uma séria evidência de que eu não iria para o Céu.
A adolescência e a juventude chegaram. E essa tentativa de me esforçar com o propósito de alcançar méritos diante de Deus me deixava cada vez mais exausto na corrida rumo à salvação. Porém, a minha realidade espiritual passava longe da evangelização. Acumulava entulhos de pecados e culpa, que me afastavam ainda mais do ideal de Deus para mim.
Por isso, eu me esquivava dos convites para falar nos cultos, tocar piano e nem me imaginava participando em alguma atividade missionária. Um vazio do tamanho do mundo me machucava por dentro. A religião que até então eu conhecia não dava conta de resolver meu problema. A situação mudou em minha vida por conta de um fato extremo, quando eu tinha 19 anos.
Minha família e eu estávamos passando um domingo na praia, em Guarapari, ES, em um local em que o mar é muito tranquilo. Após brincar com meu irmão mais novo, entramos na água para nos refrescar. Estávamos com a água à altura do peito, quando, de repente, o mar passou a nos puxar fortemente. Comecei a me debater, mas, a cada esforço, eu era lançado para mais longe da praia.
Enquanto em desespero tentava me salvar, o filme da minha vida começou a passar em minha mente. Era um filme de terror, pois o foco de meus pensamentos estava nos meus erros. A voz acusatória de Satanás falava alto aos meus ouvidos dizendo que, além de perder a vida, eu morreria sem salvação. O desespero tinha tomado conta de mim. Estava me debatendo física e espiritualmente; eu ofegava por salvação, em todos os sentidos dessa palavra. Porém, o Espírito Santo não me abandonou.
Louvo a Deus porque, naquela tarde, a voz do Senhor silenciou as acusações do inimigo. Pela primeira vez senti o fardo pesado sair de meus ombros. Experimentei a maravilhosa graça de Deus preencher minha vida e substituir a culpa, trazendo o perdão de que tanto necessitava. O Deus da segunda chance se revelou para mim. E Ele deseja fazer o mesmo com você hoje

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