quinta-feira, 30 de março de 2017

30 de março - Quinta-feira: Resposta imediata

Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Mateus 7:8
O sonho do meu grupo de amigos era ingressar na universidade federal de nosso estado. Havíamos estudado em um cursinho pré-vestibular durante todo o ano. Entre nós, havia um amigo mais velho, que estava enfrentando sérios problemas na vida e enxergava na aprovação uma porta aberta de bênçãos para o futuro.
A casa dele era bem perto da minha. No horário combinado, eu e minha irmã nos dirigimos até o carro, onde o esperaríamos para seguirmos juntos para o local de provas.
Não podíamos nos atrasar; porém, ele estava demorando. Depois de cinco minutos, preocupado, resolvi subir até sua casa para chamá-lo. Quando desci do carro, já pude ouvir os gritos e o choro. Mais que depressa, entrei na casa e fui direto ao quarto dele. Seus pais, idosos, tentavam ajudar, mas se sentiam completamente incapazes.
“Essa era a minha grande chance, e eu a desperdicei”, ele chorava muito, sentindo intensificado nos ombros todo o peso da grande crise pela qual passava.
Ele havia perdido o cartão de inscrição da prova, sem o qual não poderia prestar o vestibular. O quarto estava todo revirado, roupas espalhadas, livros bagunçados, pilhas de CDs desalinhadas, e o desespero instalado. “Eu perdi, eu perdi, não tem mais jeito, já procurei em todos os lugares possíveis”, era o veredito de sua derrota.
Em uma fração de segundos, veio à minha mente a única coisa que eu poderia fazer com o pouquíssimo tempo que tínhamos até o início da prova. Caí de joelhos e comigo minha irmã, ele e sua mãe. O pai dele, cético, preferiu sair para não participar da oração, mas ficou ouvindo a distância.
Foi uma das preces mais curtas que fiz; porém, havia um clamor profundo, vindo do coração. “Meu Deus, para que somente o teu nome seja glorificado, eu suplico que Tu mostres onde está o cartão, para que todos saibam que tu és Deus”! Eu orava pensando na glória divina e na descrença do pai de meu amigo.
Nenhum de nós havia levantado ainda, quando, como num passe de mágica, meu amigo retirou o cartão de entre os CDs, onde ele já havia procurado sem achar. “Louvado seja Deus!”, era a frase entre lágrimas de todos nós. Para mim, foi emocionante, anos mais tarde, ir à formatura dele, e lembrar que Deus abre portas quando clamamos para que seu nome seja exaltado.

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