quarta-feira, 22 de março de 2017

Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores. Mateus 6:12, NVI

Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores. Mateus 6:12, NVI
Perdão é uma palavra linda, principalmente para quem o recebe. Contar com uma nova chance depois de vacilar com alguém dá à vida um toque de amor e esperança. Ocorre que, em nossa cultura, em geral, não estamos predispostos a perdoar. O paradoxo é que amamos o perdão, mas para nós.
O aluno suplica que o professor não o mande para a coordenação após ter desrespeitado uma regra clara de convivência em sala de aula. Sente-se aliviado pela nova chance. Entretanto, o mesmo garoto é implacável com o colega que, sem querer, esbarrou nele no intervalo. Amamos ser compreendidos, mas somos lentos em compreender os motivos dos erros dos outros.
Isso se chama incoerência. Queremos para nós o que não estamos dispostos a oferecer. Quem tem dificuldade em perdoar, em geral, não está aberto para entender os motivos por detrás de algumas atitudes de que não gosta. Desconsideram possíveis problemas que o ofensor possa ter tido, que poderiam explicar o ocorrido.
E isso se aplica também à nossa relação com Deus. Não queremos carregar o fardo de nossos pecados e ficamos muito alegres com a oferta gratuita de perdão de Deus. Porém, temos pouca disposição de compartilhar graça com quem erra conosco.
No Pai nosso, Jesus nos dá um nó. Ele nos ensina a orar mais ou menos assim: “Deus, me perdoe do mesmo jeito que eu perdoo as pessoas que vacilam comigo.” Essa oração nos coloca contra a parede de nosso egoísmo e, ao mesmo tempo, põe em nossas mãos a única chave que abre a porta do perdão divino.
Pessoas que guardam mágoas estão dizendo, em outras palavras, para Deus: “Eu não recebo o teu perdão, do mesmo jeito que quem erra comigo não receberá o meu. Guarde teu perdão então, pois eu vou ficar com meu rancor.”
Em realidade, qualquer pessoa que entenda com profundidade o tamanho da dívida que tinha com Deus e que tome conhecimento do esforço descomunal de Jesus para pagar esse preço não considerará nada que alguém lhe faça tão grave que não possa ser perdoado.
Que a nossa oração hoje seja: “Deus, ajuda-me a entender o tamanho do teu perdão para que eu perdoe como Jesus tem me perdoado!”

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