quarta-feira, 5 de abril de 2017

5 de abril - Quarta-feira: De cima

Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Lucas 6:12
A cidade de São Paulo é gigantesca. Nela vivem cerca de 20 milhões de pessoas. É um emaranhado de prédios, carros e gente espalhados por centenas de quilômetros quadrados. Porém, tudo isso cabe na janelinha do avião. Ao sobrevoar a megalópole, em poucos minutos, consigo ver onde ela começa e em que lugar termina. Em certo sentido, é isso que a oração faz.
Ellen White disse: “A oração não faz Deus descer até nós, mas eleva-nos a Ele” (Caminho a Cristo, p. 93, itálico acrescentado). A oração é o elevador da fé. Por meio dela, subimos até onde Deus está e enxergamos a vida como Ele enxerga.
A oração, portanto, é nossa oportunidade de nos sintonizar com a frequência do Céu. Vivemos num mundo bem afastado do ideal de Deus e, às vezes, somos levados pelas influências à nossa volta. Philip Yancey disse: “Preciso da oração porque durante o dia inteiro perco de vista a perspectiva de Deus. Ligo a televisão, e lá vem uma enxurrada de comerciais garantindo-me que o sucesso e a realização pessoal são calculados pelos bens e pela aparência física” (Oração: Ela Faz Alguma Diferença?, p. 27). A oração nos coloca em nosso lugar e nos ajuda a depender mais de Deus e menos de nós mesmos.
No entanto, ela não deve ser usada para satisfazer os desejos egoístas de nosso coração. Isso seria fazer “Deus baixar a nós”. O apóstolo Tiago revela por que muitas orações não são ouvidas: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago: 4:3, ARA). Orar não é dizer a Deus o que Ele tem que fazer por nós, mas entender o que Ele quer fazer por nós. Nesse sentido, a oração não muda Deus, mas muda quem ora.
O salmista Asafe experimentou isso na pele. Ele estava passando por um momento difícil na vida e começou a achar que ser ímpio era melhor do que ser justo, pois os pecadores pareciam mais felizes e mais prósperos. Segundo ele, sua visão mudou no seguinte momento: “Quando fui ao teu Templo, entendi o que acontecerá no fim com os maus” (Salmo 73:17). Ao se dirigir em oração ao santuário, Asafe pôde ter a perspectiva de Deus e viu o fim desde o princípio.
Foi para termos essa visão que Jesus nos ensinou a importância da oração e nos deu o exemplo, ao passar a noite inteira orando para alinhar seu pensamento com o do Pai. Então, aprenda com o Senhor. Entre no “elevador” da fé, e seus olhos vão se abrir para ver as coisas como Deus vê: de cima.

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