domingo, 9 de abril de 2017

9 de abril - Domingo, Cruzando a linha

Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. 1 João 2:15
Cristo não diz que o ser humano não servirá a dois senhores, mas que ele não pode fazê-lo. Os interesses de Deus e os interesses de Mamom não têm ligação ou correspondência. Justamente onde a consciência do cristão o adverte para deter-se, para negar o próprio eu, aí mesmo o mundano ultrapassa a linha a fim de condescender com suas propensões egoístas. De um lado do limite está o abnegado seguidor de Cristo; do outro lado, está o amante do mundo, complacente consigo mesmo, cortejando a moda, empenhando-se em frivolidades e regalando-se em proibido prazer. Àquele lado do limite, o cristão não pode ir.
Ninguém pode ocupar uma posição neutra; não há classe neutra que ame a Deus e sirva ao inimigo da justiça ao mesmo tempo. Cristo deve viver em Seus instrumentos humanos, trabalhar por intermédio de suas faculdades e agir por meio de suas aptidões. A vontade deles precisa estar submissa à Sua vontade; eles devem agir com o Seu Espírito. Então, não mais vivem eles, mas Cristo é que vive neles. Aquele que não se entregou inteiramente a Deus está sob o controle de outro poder, escutando outra voz, cujas sugestões são de caráter inteiramente diverso. Um serviço pela metade coloca o agente humano do lado do inimigo, como bem-sucedido aliado das hostes das trevas. Quando indivíduos que se dizem soldados de Cristo se deixam usar na confederação de Satanás e ajudam o seu lado, eles demonstram ser inimigos de Cristo. Traem sagrados depósitos. Formam um elo entre Satanás e os verdadeiros soldados, de modo que, por meio desses instrumentos, o inimigo está operando continuamente para roubar o coração dos soldados de Cristo.
O suporte mais poderoso do vício em nosso mundo não é a vida iníqua do dissoluto pecador ou do degradado; é a vida que, ao contrário, parece virtuosa, respeitável e nobre, mas na qual é nutrido um pecado; a vida em que há complacência com um vício. Para a alma que está lutando intimamente contra alguma gigantesca tentação, tremendo à beira de um abismo, o exemplo é um dos mais poderosos estímulos a pecar. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, da verdade e da honra, viola um preceito da santa lei de Deus de modo voluntário perverte seus nobres dons, tornando-os um laço para o pecado. O temperamento, o talento, a simpatia, mesmo a generosidade e as boas ações podem tornar-se uma cilada de Satanás para seduzir pessoas para o precipício da ruína nesta vida e na por vir (O Maior Discurso de Cristo, p. 93, 94).

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